Ordenados no Ciclismo Profissional
Percorrer cerca de 40 mil quilómetros por época é a rotina de um ciclista profissional. Uma jornada exigente, marcada por treinos solitários, calor intenso, frio extremo e ritmos alucinantes. Apesar disso, a maioria dos corredores ainda está longe de atingir os valores milionários vistos noutras modalidades. Contudo, a chegada de equipas como a UAE Team Emirates trouxe uma nova realidade ao pelotão e mudou, em parte, o panorama financeiro da modalidade.
Segundo o jornal La Gazzetta dello Sport, Tadej Pogacar é atualmente o ciclista mais bem pago do mundo, com um ordenado anual de 8,2 milhões de euros. O esloveno renovou recentemente o seu contrato com a UAE Team Emirates até 2030, e terá uma cláusula de rescisão astronómica fixada nos 200 milhões de euros, sinal claro da aposta da formação árabe no corredor de 26 anos.
Atrás de Pogacar, mas a uma distância significativa, surgem nomes sonantes como Primoz Roglic, agora ao serviço da Red Bull Bora-hansgrohe, com um salário estimado de 5,5 milhões de euros, e Jonas Vingegaard (Visma-Lease a Bike), bicampeão do Tour, com 4,5 milhões por ano.
O top 10 dos ciclistas mais bem pagos inclui ainda estrelas como Mathieu van der Poel (4 milhões), Wout van Aert (3,5 milhões) e Remco Evenepoel (3 milhões), entre outros. O português João Almeida, apesar da crescente valorização no mercado internacional, não entra neste lote. Antes da recente renovação de contrato, os valores propostos por outras equipas rondavam os 2 milhões por época, deixando-o fora da elite salarial do World Tour.
Tadej Pogacar (UAE Team Emirates): 8 milhões €
Primoz Roglic (Red Bull Bora-hansgrohe): 5,5 milhões €
Jonas Vingegaard (Visma-Lease a Bike): 4,5 milhões €
Mathieu van der Poel (Alpecin-Deceuninck): 4 milhões €
Wout van Aert (Visma-Lease a Bike): 3,5 milhões €
Remco Evenepoel (Soudal-Quick-Step): 3 milhões €
Adam Yates (UAE Team Emirates): 2,8 milhões €
Tom Pidcock (INEOS Grenadiers): 2,7 milhões €
Egan Bernal (INEOS Grenadiers): 2,5 milhões €
Carlos Rodríguez (INEOS Grenadiers): 2,5 milhões €
Nota: Estes valores não incluem patrocínios pessoais, que podem elevar significativamente os rendimentos dos atletas.
Fora dos salários, os acordos comerciais individuais ajudam a reforçar os rendimentos dos ciclistas. Pogacar, por exemplo, tem parcerias com marcas como DMT (ténis), Met (capacetes), Enervit (nutrição), Plume (tecnologia), Jana (água) e até com o conselho de turismo da Eslovénia.
Van der Poel é patrocinado pela Lamborghini, e tanto Van Aert como Pidcock são rostos da Red Bull, o que explica também a crescente presença da marca no ciclismo de elite.
Pogacar não só domina nas finanças, como dentro da estrada. Em 2024, disputou 58 dias de competição e somou 25 vitórias, tornando-se o primeiro desde Marco Pantani (1998) a vencer Giro e Tour no mesmo ano. Com o título mundial de fundo conquistado posteriormente, juntou-se ao seleto grupo de Merckx (1974) e Roche (1987), completando a lendária tripla coroa do ciclismo.
Pedreiro-Cofrador-Encarregado de Obra-Op. de Grua -Mestre d`obra
f